Cartas ao Espírito Santo

Medo de mim,


Ás vezes me pego olhando para o meu reflexo, e no meu rosto vejo tantos medos e que os meus olhos claros, cor de mel, ficam escuros, pretos, sem cor pra agir, sem voz pra mostrar seus desejos, e escondo tão bem dos outros, esse sentimento, que ás vezes na minha própria mentira  acredito, e é contraditório pensar nisso, mas tem sido a minha rotina ultimamente. Além disso, o medo vem como um vento tranquilo, fazendo de conta que é pequeno, que não vai fazer bagunça, que não vai fazer poeira, mas de repente ele toma uma proporção imensa que derruba tudo pela frente, e fico imóvel, olhando ele crescer, observando ele me guiar,  me escondendo e vendo os estragos que aos poucos ele faz em mim. E sim, ele é muito poderoso, e eu sei que você me fala todos os dias que sou mais, que sou mais forte que ele, mas é tão difícil, Pai, fecho meus olhos e apenas vejo pesadelos, e é  tão difícil, Pai, respiro, conto até dez, e tento não agir por impulso, mas é tão difícil, Pai, ter medo de mim mesmo. Contudo, tenho sei que é até um pouco " doido" pensar nisso a essa " altura " do campeonato, porque já tenho quase trintas anos, mas há certas coisas que o tempo não controla, pode ajudar ou atrapalhar, mas não controla . E sabe, Pai, tenho pensado muito em mim, muito mesmo e não posso deixar esse sentimento ser o meu maior domínio,mas tenho que usar ele a meu favor, como você mesmo sempre me diz, que é ir nas minhas feridas e curar cada uma delas, que é ir nos meus pesadelos e poder sair de lá com coragem, com coragem novamente de tentar. Assim, Pai, te escrevo porque sei que você entende o meu coração e quando receber essa carta, me chama, me chama pra conversar, pode ser em qualquer  momento, porquê hoje eu apenas quero ouvi sua voz.


Com carinho,


Escritora: Kamilla Nogueira



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