Episódio 01: Rascunhos & Desabafos

 



Pra não te perder, eu me perdi, e não, isso  não é sarcástico, mas uma verdade que veio em pacotes, ou melhor fases, que tive e ainda estou por sinal, prosseguindo, aprendendo a entender, me ver nesse presente sendo um presente. Fazendo com o que eu “ recebo “, ou melhor, entendo disso tudo algo presente, em mim e no mundo, como um presente, bom, especial e carregado de alegrias em suas embalagens. Mas de repente eu me deparo com processos e eles doem e muito, eu me vejo como uma criança birrenta e não dou o braço a torcer. Eu me vejo como uma Maria vai com as outras e bem menos, menos, menos mesmo, eu me vejo eu, conhecendo eu, eu vivendo. E é doido tudo isso, porque constantemente eu digo, eu entendo, eu estou vivendo, mas estou com a minha cabeça bem insegura, pensando que talvez eu queira ir em todas as oportunidades, voltar ao processo de aprendizagem. Escolher, buscar  ficar no jogo outra vez, porque no fundo, viver lá é alimentar uma esperança nova, ter nos braços uma fé diferente, cheirar a coragem de novo. Mas também é mentir para mim mesmo mais uma vez, porque já fiz isso, uma, duas, ou melhor mais de 300 vezes. E dói, dói ver a verdade, dói ver que ainda não foi dessa vez, ver o acontecer que tanto anseio viver, dói ver eu, triste com mais buracos abrindo em meu ser. Dói o processo de abraçar as inseguranças e frustrações e dizer com lágrimas, vamos tentar de novo, vamos tentar mais uma vez. Dói se enganar pra sentir em alguns curtos milésimos de segundos  um ar de que eu sabia que lá era assim, dói evoluir, dói crescer de verdade, com a sua verdade bem fixa nos olhos. Dói correr de novo, porque não é mais o medo que me assombra, mas as sensações que ele fez crescer aqui em mim nas outras estações. É, eu sei, ter voltado e gritado, estou perdido, foi errado, te machuquei outra vez, mas foi ter perdido e recomeçado que me assegurei que não vou te perder de novo lá na frente. E sim, eu me sinto menos e mais, e por mais que algumas coisas sejam vistas diferentes pelos  outros, eu acho que as minhas agora, dizem mais sobre o que é esse presente. Sobre o que é necessário nesse presente, e o meu coração mais ainda verdadeiro, a minha felicidade mais ainda brilhando nos meus olhos, e eu fazendo aquilo que sei que é o necessário. Mas sem se agarrar “ a estacas que no mar eu também preciso segurar”. Não, não, eu ainda não escrevi tudo, mas por hora é bom uns cortes, umas limpezas, umas novas histórias. Mais é menos, às vezes tem um tempo, outras é em todo o tempo. E, se a minha sobrevivência nesse mar depender dessas estacas, afundar é o meu primeiro encontro, porque em todas às vezes eu me preocupei com essas circunstâncias, e mesmo assim o mar não andava. Então, a rota até pode ser a mesma, mas tanto conheço o mar melhor agora, como entendo mais sobre o que eu quero deixar aqui enquanto passo por essas águas. E algumas páginas se fecham, por ciclos, outras dias, mas que eu não me perca de mim, de nossa história,  que esse mar me leve ao final com uma história, a minha concluída com muito suor, sangue e feridas, mas concluída felizmente, graças a Deus, concluída e feliz.





Com  carinho,



Escritora: Kamilla Nogueira




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