Esse título surgiu em uma reflexão que eu tive com Jesus recentemente e foi muito, mas muito necessária para mim e espero que estar compartilhando isso possa trazer também algumas a você. Logo, primeiro que errar não é algo impossível para nós, cristãos, pelo contrário, se para alguns ser cristão é sinal de santidade não falarei por muitos, mas por mim, e eu verdadeiramente assumo que ainda tenho muitas falhas e cometo sim muitos erros. Dessa forma, na minha perspectiva errar ainda faz parte da jornada humana, porém não é algo que devemos se orgulhar de “ possuir”, pelo contrário, devemos buscar consertar essas falhas e acima de tudo entender a raiz disso, porque sim, sempre há. Nesse caso, a minha primeira observação é, seja verdadeira com você e aponte os seus erros, ou seja, olhe pra eles minuciosamente, para os “ tratar “.
Porque como cristão também estudamos no ministério de Jesus, várias pessoas que erraram, mas que acima de tudo reconheceram as suas misérias, as suas sujeiras, o seu coração pecador e buscaram por dentre outras coisas essenciais, como consertar as circunstâncias e entender os seus porquês, as misericórdias de Jesus. O que não apenas nesse recorte, mas na bíblia, com a história de Jesus, com o nosso relacionamento com Ele também nos ensinam, diariamente, que devemos lutar contra o pecado. E isso não é sobre ganhos ou perdas e sim sobre a essência que cremos e entendemos acima de tudo, e ela é Jesus, o seu amor, a nossa história com Ele e para Ele. O que também é notório que Ele é sim um pai amoroso, que nos cuida, nos perdoa e faz coisas imensuráveis por nós. Entretanto, não apenas na Bíblia, mas na minha história de vida também, eu vejo que o seu cuidado em nos ensinar, em nos fazer aprendermos com as circunstâncias, em nos fazermos colher os frutos “ que plantamos”, não é sobre ser um pai ruim, jamais será, jamais.
Pelo contrário, Ele continua sendo um pai maravilhoso e nos ensinando através de disciplina, sabedoria e principalmente da essência do seu ministério que o “ certo”, é necessário e também é certo que colhamos as consequências dos nossos atos, não como punição, não é sobre esse ponto. Mas sim como noção dos nossos atos, e mesmo que eles nos machuquem, Jesus, ainda com as suas imensas misericórdias, irá nos ajudar a atravessar essas estações. Por fim, sobre esse contexto, errar é errado e devemos como pessoas que buscam ser a imagem e a semelhança de Cristo, todos dias nos vigiar, tratar as nossas mazelas, buscar cada vez mais em Cristo agirmos segundo a sua vontade, não a nossa carne e o nosso coração duvidoso. Porque mesmo que Ele continuamente siga nos perdoando e nos “ ajudando a atravessar essas consequências “, nós cada vez mais nos afastamos um pouco mais de estarmos mais próximos, mais perto, mais profundo dEle, em nós, em sermos um, em estarmos com Cristo.
Em outras palavras, o pecado nos afasta da essência de Cristo e se a nossa vida estiver voltada para essa razão, nós temos que continuar tentando vencer o pecado dia após dia, porque o pecado nos afasta do nosso objetivo maior, que é sermos um com Cristo e termos uma vida bem vivida e glorificada para Ele. Diante disso, eu Kamilla ainda luto com vários deles, contudo alguns “ me puxam pelo pé, ou seja, são os meus mais fortes “, como a inveja, onde luto com o meu olhar de ver a grama do vizinho sempre incrível, sempre verde, sempre cheia de novos pretextos e eu queria que a minha também fosse assim. Eu também luto com a comparação, porque se eu também tivesse aquelas coisas, aquelas oportunidades, aquela vida incrível e perfeita eu também seria feliz daquele modo. Eu também luto com o meu “ acerto de contas,”, porque ainda na minha cabeça, eles deviam estar sofrendo, eles fizeram coisas erradas, machucaram pessoas.
Fizeram graves estragos, mas eles ainda estão bem e felizes? Como pode? Eu devia fazer algo, eu devia machucá-los também? Eu deveria fazer justiça com as minhas mãos. Logo, sim, eu sei, eu sei que muito do que falei muitas vezes é visto como palavras e expressões feias, sujas, grosseiras, egoístas e várias outras coisas ruins. Porque não estou sendo cristã de verdade, não estou agindo como Cristo agiria, não estou amando o próximo como a mim mesmo. Não, não, isso não é algo “ esperado por um filho de Deus”, não, não é, mas muitas vezes é assim a minha carne e eu choro e muito para entender os meus porquês, para entender os “ não “ que constantemente Deus me fornece, para ficar no deserto que Deus me colocou, para ficar parada onde Deus ordenou, para não fazer muito, para literalmente não dar um mínimo passo sem ouvir antes o agir dEle. Mas dói, ver que “ pros outros Deus parece está ouvindo, trabalhando e trazendo colheitas incríveis, e eu estou aqui esquecida, silenciada e sozinha”.
Parece que estou sendo ingrata, mal agradecida, pecadora e várias outras coisas e sim, pensar assim é em partes ser isso mesmo. É errado, parece que eu amo Jesus pelos bens, não pelo amor, apenas pela arte de amar, não, não, o meu coração não pode ser assim, não pode e eu não quero e eu luto constantemente para ele não ser assim, sujo e feio. E como eu sempre fui transparente aqui no meu relacionamento com Jesus, eu quis trazer essa questão, esse lado também, porque sim eu sou cristã, mas eu sou pecadora. Além do que, eu tenho perguntas sem serem respondidas por Jesus, eu o questiono, eu não entendo tudo e muitas vezes eu sou suja com Jesus, como mostrei acima. No entanto, eu também aquieto o meu coração nEle, choro, sinto medo, sinto minhas inseguranças, minhas frustrações, enfim, sou filha, sou dependente. E mesmo que talvez essa reflexão tenha ficado um pouco confusa, eu realmente não vim trazer “ fórmulas mágicas “, mas mostrar o meu coração sendo humano.
Porque todos os dias eu estou aqui, aos pés dEle, buscando por misericórdia, buscando por vencer a carne com o espírito, buscando viver realmente o evangelho de Jesus, não por um status, “ de ser cristão “, mas por amor a Ele, por amor a nós, eu e Ele, por amor a nossa história, principalmente. Dessa forma, o meu processo é diário, as minhas lutas são diárias, as minhas quedas são diárias, e Ele, nEle e com Ele, eu venho buscando forças, entendendo os porquês, tendo paciência para ouvir Ele e agir não pela “ causa, mas pelo o certo”. Logo, as minhas ações, como reconhecer minhas falhas e principalmente buscar melhorar, crescendo na palavra, na intimidade com Deus, me ajudam a recomeçar esses trilhos. Sendo assim, não tenha medo de abrir o seu coração para Jesus, de cuidar do que te fere, suja e destrói, porque Ele pode sim nos ajudar.
Entretanto, nós também podemos nos ajudar e começando a agir segundo Cristo é uma porta para isso. No mais, não se esqueça,o seu relacionamento com Jesus é muito importante, logo, peça a Ele para te ajudar com os seus pecados, porque Ele também quer te ver vencer essas áreas. Porque elas não te definem, você não é isso, você é mais, você é incrível, você é o filho de Deus, logo, você pode sim vencer tudo isso, chama Ele, conserta o que pode consertar, ressignifica o que pode ressignifica, se perdoa, refaz esses trilhos, você não precisa do pecado para se sentir bem, não precisa mesmo e eu venho vivendo essa experiência e sim, é uma jornada desafiante, mas cheia de aprendizados e de muito amor de Jesus em me receber e me cuidar, mesmo suja e falha.
Ps: esses dias eu vi algo que há muito tempo me incomodava, uma vida incrível e perfeita de uma pessoa, e diferente das outras vezes da minha ação, essa eu sorrir, e falei “ Deus continua abençoando ela, ela merece muitas dádivas e bênçãos mesmo “. E não, aqui não foi algo sarcástico, foi de coração mesmo, de verdade, eu não sou ela e entendi que eu realmente não quero ser. A inveja “ morre onde a gratidão entra”, esses dias também arrumando a categoria entrevistas, eu me recordei, olhando uma em especial, que uma pessoa em específico era um grande amigo, bom, era o que é imaginava, e essa circunstância eu nem citei na minissérie sobre amizade de tão grave e séria que foi. Além dela ser uma marca que eu raramente falo de tão profunda que até hoje essa causa é, enfim, na hora eu pensei em sentir raiva, ter as velhas recordações de “ vingança “, mas não, eu sorri, lembrei dos bons momentos e seguir arrumando a categoria.
Porque com certeza a minha cura não virá dessas reações erradas que eu tenho, não, não, como eu posso vencer a causa, sem passar por ela? Não, não, eu não quero mais alimentar o meu espírito com isso, não mesmo, e liberei perdão, entreguei a causa a Jesus, pois não é minha responsabilidade mais “ essa justiça “ e confio na de Deus e ela não tardará. Já a comparação, ainda sinto seus riscos, mesmo a gratidão escancarada aqui, ela ainda passa, mostra os cadarços e sai, é ainda desafiante. Mas um dia de cada vez, não quero ser o outro, a minha vida é boa, é incrível, eu sou incrível, não, não, esse processo é um processo e eu vou devagar mesmo, não há pressa, contando que eu aprenda o que preciso, eu vou sim seguir pelo caminho.
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