Eu sei que naquele dia você percebeu que eu tinha tanta coisa “ entalada”, mas que eu não estava pronta para falar, não por medo, mas por ainda estar tentando entender tudo isso. E sim, ainda não sei de tudo, ainda não entendi tudo isso, ainda não sei explicar tudo isso, sim, eu confesso. Até olhar para tudo e “ definir em partes,” eu ainda não aceitei esse processo, eu ainda não me sinto pronta pra ficar tão cara a cara com tudo isso de uma vez, sabe, não, não, não me sinto pronta, não me sinto preparada para esse momento. E sim, eu sei, que preciso desse cara a cara, eu preciso desse ouvir e decifrar, porque tudo é e são necessário. Mas não posso mentir que minha alma ainda está tão machucada, tão ferida, às vezes eu procuro respostas ocasionais, às vezes eu acredito em hipótese, às vezes eu olho como um destino, não sei, não sei de nada disso, apenas queria entender tudo, de verdade, sem ser entrelaçado as minhas dores que aguçam tudo isso de uma forma doida, me fazendo viver e reviver em ciclos tudo isso de novo e de novo, e com medo, eu fujo, fujo de ver tudo isso, fujo de olhar para as minhas outras versões com as mesmas expressões, perdidas, com medo e vazia. Já misturei tudo, né? Eu sei, até os meus próprios sentimentos estão confusos, não sei explicar minha alma, desculpa, tudo aqui está tão estranho, sou eu ainda aqui? Ou não? Não sei, não me reconheço mais, desculpa, dizem que a dor machuca sem ser visível, eu sei, estou sangrando há anos, mas é tudo tão “ perfeito”, que eu mesma não sinto mais, não sinto mais a vida em minha própria vida, não sinto mais o viver, o meu viver. Falar assim por longe ainda dói, você sabe, mesmo nas “ beiradas” você entende que ainda não consigo chegar no final desse poço, não sozinha, mas…. Não, não, eu não sei…. Não consigo tocar nem no assunto direito, meu deus, como tudo isso chegou até isso tudo?.... Barulhos de mergulho profundo….
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