Eu sei que talvez não faça sentido pra você, tudo isso que eu disse acima, aliás, na postagem anterior, mas saiba que eu não estou na internet há mais de dez anos a toa e sim com princípios e objetivos e se não fosse por eles, com certeza eu não estaria mais aqui. Porque eu sei, eu Kamilla sei como foi cada um desses processos e principalmente como é, ainda estar passando por vários e relatar tudo isso, pois são as minhas marcas, são as minhas histórias e por mais que algumas sejam boas, chegar nesse “ bom”, também teve choro, teve lágrimas, teve inúmeras dificuldades. E aqui é outra coisa que eu nunca escondi, o meu coração, a minha sujeira, a minha imundície, eu sempre fui muito transparente por aqui, e isso é um dos pontos que a minha carne mais me ataca a pensar bem antes de postar alguma coisa aqui, mesmo que seja com direcionamento, porque eu sei que terei de colher frutos amargos disso, muitas vezes. Como críticas, interpretações distorcidas, julgamentos e afins, eu sei, mas a partir do momento que eu tomei a decisão de “ expor algo”, eu também tenho que ter a compreensão que não há uma garantia que todos entendam como eu “ disse, seja verdade ou não “. E sim, dói, mas eu preciso me apegar a minha verdade, a fazer a minha parte, mesmo que haja outros e inúmeros falatórios de mim distorcidos, eu preciso apenas “ ouvir a mim”. Mas quando eu trago histórias que têm outras pessoas, aí que eu sinto mais e mais interpretações distorcidas e me dói algumas coisas, me dói o fato de alguns desses conteúdos soar como indiretas, que eu “ não superei isso”, que eu apenas sei falar disso, que eu quero atenção, quero provocar a pessoa, e mais e mais coisas desses tipo, negativo, digamos assim. E isso me dói muito, porque de coração, eu jamais iria ficar feliz em estar expondo que eu fui humilhada, julgada, criticada e tudo mais de ruim que já fizeram comigo, pra quê, me diz? O que eu ganho com isso? Será que é “ bom mesmo lembrar de como te trataram mal, te desrespeitaram, te fizeram duvidar de si, do seu trabalho, da sua capacidade, te fizeram se humilhar pra ter amigos, atenção, ser vista, querida, ser amada, mesmo que com migalhas?!. “. Nossa, sério que isso é bom? Porque para mim isso é terrível e ainda hoje eu tenho pesadelos e crises de ansiedade com vários pontos desse nível que me aconteceram e muitas devem ter dois ou mais anos, porque ainda sinto dificuldade de lidar com esses passados. Desculpa, mas eu sou assim, não consigo ferir uma pessoa e seguir a minha vida normal, fazer de conta que tudo está bem, de seguir como se nada tivesse acontecido, desculpa mais eu não sou assim. Mas que sim, eu sou a chata que vai querer te fazer textão, te ligar, e fazer o que for pra tentar entender o que realmente aconteceu e se eu for ou não a culpada da situação, eu vou me fazer ser, porque eu ainda tenho essa mentalidade que as pessoas me fazem um favor me “ aceitando”. Sério, eu escrevo isso chorando, porque por muitos anos eu estive nisso e de repente eu me vi nisso novamente, e é terrível, meu deus, porque eu faço isso comigo?!. Por que eu me coloco em situações que eu sou tapete pras pessoas? Por que eu sou tão boa com os outros a ponto de ser boba, burra e aceitar de tudo? Me diz, por que o meu coração é assim, por que Deus?. Eu sei, eu sei, eu estou abrindo literalmente o meu coração, e está tudo bem, de verdade, mas é que algumas coisas não devem descer a “ seco na minha garganta”, porque eu não mereço, e principalmente não preciso fazer ser assim. Entretanto, são processos, e eu sigo pedindo a Deus direcionamento para muitas coisas, porque quero que seja sim sobre Ele tudo por aqui, mesmo que eu deixe a vocês visíveis as minhas piores dores, mas que Ele seja o norte, que Ele seja o princípio e o fim. Então, mesmo com a vergonha, com a dúvida, com todos esses pensamentos, eu sigo tentando ajustar algumas coisas por aqui, sei que será desconfortável, porque eu sou assim. Às vezes quero fingir que algumas coisas literalmente nunca passaram por meus olhos, mas olhando pros meus braços eu vejo as marcas, bem nítidas, então, não dá pra virar a página assim, não desse jeito. Logo, peço que vocês entendam que algumas coisas realmente eu não vou mais poder fazer, e eu até queria, de coração, como algumas categorias e alguns conteúdos que prometi continuar. Porém, eu sei que para alguns eu não “ conseguir superar isso ou ainda penso nessas pessoas”, quando na verdade não é sobre eles e sim sobre mim, de não querer mais registrar essas memórias, mesmo que elas sejam úteis para alguém no presente ou no futuro.
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Episódio 06: Dói Seguir em Frente + Ainda estou me Curando + Lidando com a Exposição
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Muito Obrigada por estar aqui e fazer parte dessa história, com carinho, Kamilla Nogueira.
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Sobre o Blogger:
Um Diário Virtual criado em 2014 e desde então venho compartilhando uma vida comum com recortes das minhas histórias, memórias e experiências de coração pra coração dessa jornada chamada vida.
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