2020: Em Referência a Pandemia do Covid-19

18 de abril



Uma lágrima escorreu
Quando eu olhei a rua sexta-feira
A meninada da bola e do skate
Não apareceu as quatro e meia,

E o barulho e a movimentação
Os sons de costume
As gargalhadas de bom consumo
Ninguém soube definir a falta que fizeram

Houve alguns rostos nas janelas
Olhos nas fechaduras procurando
No silêncio alguma informação
Houve pés bravos dentro de casa
Suspiros por todos os lados,

E ninguém viu ninguém por dias.

Não era apenas a meninada que fazia falta
Mas a monotonia de cada um
A rotina pesada, os estresse diários
As conversas olho no olho
E a boa e velha história que ninguém tinha
Tempo mais pra nada,

Chegou um tempo em que todo mundo
Ficou com tempo e não souberam o que fazer
Com o tempo de curtir, mas o tempo chegou
Mas como fazer isso ficou no tempo.

E ninguém  viu ninguém por dias,

A sexta-feira que vi pela janela
Virou uma moda diária
A sexta-feira ficou registrada
No jornal da vida de todo mundo
Foram muitas sextas assim
E todo mundo chorou muito
Obrigada sexta-feira porque você
Me ensinou muitas coisas em
Quatro cômodos​ e meio
E me tirou algumas coisas
Que o tamanho é incalculável
Mas tudo tem um porquê
E amanhã finalmente será sábado
E vamos poder voltar a sermos nós mesmos

Sexta, sexta, sexta, sexta, sexta, alguns ficaram aqui para sempre, mas eu conseguir ver o sol hoje, sábado a noite.



Com carinho,


Escritora: Kamilla Nogueira



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