Resenha : A Beata Maria do Egito

 Nome: A Beata Maria do Egito

Autor: Rachel de Queiroz

Tipo: Peça Teatral 


 Olá, amados!



A resenha de hoje vem de um livro que eu ganhei recentemente, vem de um livro de uma das mulheres mais incríveis que já existiu e que eu já li na vida, vem de um livro ( nessa edição que eu li), bem simples, mas muito bem feita, com uma capa que me lembrou xilografia, na capa por sinal temos a " Beata", é uma peça teatral que me fez rir, me  lembrou uma outra obra incrível que ainda pretendo trazer a resenha e me encantou do começou ao fim. A Beata Maria do Egito, sem dúvidas é uma obra incrível, de uma leitura rápida, de uma leitura cheia de referências históricas, de uma leitura divertida e reflexiva também. Eu gostei da história no geral, mas eu ia gostar ainda mais em ver os diálogos da peça teatral no jeito " caboclo sabe", na fala " da época, no jeitinho " nordestino", eu fiquei a imaginar isso, pelas características dos personagens e seria muito legal ter visto isso na obra toda. Enfim , a obra tem  alusão a  feitos como o da Guerra de Canudos, a Padre Cícero,  no quesito  mudar a situação local, nesse caso aqui temos Maria, uma santa que ouve anjos, uma beata que o povo ouve e segue fielmente. ( também nos lembra a história de Joana D' Arc ). A história se passa no Juazeiro, o livro diz que Maria é muito bonita, de mais ou menos 25 anos, que usa como vestimenta uma " túnica longa, uma vestimenta de freira", que  o povo quer fazer uma nova Jerusalém ali, e que as ações da Beata e  de " seu povo", começam a incomodar algumas pessoas e ela é chamada a delegacia e acaba sendo presa. Mas Maria é forte, decidida, sarcástica, e  sabe muito bem usar as palavras, faz deboche, como diz o tenente, " jogadora de praga ", ela é um tipo de Beata que não se ver todo dia, uma mulher que " sabe bater de frente com o que quer e não se rebaixar ou voltar atrás dependendo da circunstância. Eu confesso que me surpreendi com as características dela, mas que gostei muito de ver uma imagem de uma mulher assim em uma obra, forte, muito forte, uma órfã e muito devota a Deus e suas ações, a mesma carrega alguns milagres feitos e também diz que não os " fez", mas Deus os fez através dela. A história segue com Maria " brigando com o tenente e presa ", o que me fez rir várias vezes dessa história, mas aqui temos o povo da Beata pronto para atacar a delegacia, salvar a santa, aqui temos o coronel, o tenente e o cabo prontos para mandar ela para outro lugar e impedir á sua entrega ao seu povo. Aqui temos um tenente apaixonado pela Beata, que por sinal eles acabam " dormindo junto", a Beata não agiu, não disse que sim nem não, mas a obra conta que a mesma disse que rezou pedindo a Deus " para nem ali estar", para não sentir nada, e esse boato corre " solto na cidade. O Tenente violentou " uma santa", o que deixa os seus " seguidores mais ainda revoltados e prontos para atacar. O coronel e o cabo, sentem que o tenente está sim apaixonado por ela, apesar de não dizer e sobre a história do boato dos dois , nem ele conta, nem ela diz nada, mas os seus seguidores ainda querem a tirar dali. A obra, como é uma peça teatral, tem os espaços no tempo, muita descrição e um panorama pra gente bem " digamos que real do que está acontecendo", narrada em três atos muito bem escritos. E nisso, uns guardas passam por lado do povo da Beata, abandonando a " situação", o coronel logo se entrega, o cabo quer sair dali também, mas não sem a Beata, mas o tenente, não deixa ela ir, e segue segurando " o controle e a Beata", a mesma tenta fugir, quando os seus seguidores tentam romper a porta e o cabo acaba matando, em uma luta entre os dois, sem querer, a facadas o Tenente, e fica ao lado de seu corpo a chorar. O livro termina com a  " liberdade da Beata", e deixa a gente com gostinho de " queria mais". Aqui eu vi, o papel da mulher, forte, ousado, questões sociais, que já são bem a cara da Rachel mesmo,  sendo discutidas, fora a  questão policial querendo ser " o centro de tudo",  ou melhor, naquela época, era parte de oligarquias, e um contexto de fé, bonito e histórico. Por fim, eu dou 9 de 10, para essa obra, muito boa, mas a " linguagem faria tudo aqui ser mais divertido e encantador". Uma obra incrível, de uma mulher excepcional! 


* Conteúdo acima particular vinculado a minha opinião sobre a leitura e não uma ideia concreta do produto em si  *


Escritora : Kamilla Nogueira 
Imagem : Google 






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