Este é o último episódio dessa minissérie e hoje eu irei esmiuçar os outros pontos que eu ainda não revelei e falar um pouco mais de como eu hoje em dia estou seguindo a vida com essas “ ações desconfortáveis em nível geral “. Logo, se você ainda não leu os outros episódios, seria interessante que lesse, até para entender melhor do que se trata o meu objetivo com esse compartilhamento. Dessa forma, vou deixar abaixo o link, para caso deseje ler, entretanto, peço que lembre-se, que como já mencionei aqui não é um lugar “ para lavar roupa suja”. Até porque eu resolvo os meus problemas saudavelmente e conversando com a pessoa, principalmente, sendo assim, aqui eu trago recortes das minhas experiências, óbvio com ética. Focando sempre em minhas perspectivas, onde também tenho em mente que a escrita é uma ferramenta terapêutica para mim. Logo, escrever me ajuda e muito e em várias perspectivas, e eu também amo muito fazer isso, então, documentar aqui “ publicamente “, alguns desses recortes também me ajudam a lidar com a situação, e eu sei que parece paradoxal, mas tem um sentido e um significado para mim.
Contudo, se você está aqui, obrigada por fazer parte dessa história, de acompanhar essa história, como também espero que ela possa te ajudar em algo, de coração. Então, vamos ao último episódio, esse ano com certeza vai ficar marcado em mim, pois trouxe um misto de experiências, vivências e principalmente aprendizados, sejam “ bons ou não “. E em meio a um turbilhão de coisas que eu estava vivendo, em especial ruins, eu me deparo com uma mensagem extremamente forte, insensível e desrespeitosa a mim, onde inicialmente eu fui “ silenciada”, e a sensação que eu tive foi de ser um lixo, de estar sendo “ jogada ao lixo, sem fala, sem voz, sem poder ver ou entender nada, sem poder minimamente entender um porquê daquilo de verdade “. Eu literalmente fiquei sem ação, porque eu não resolvo “ os meus problemas assim, e nem acho certo esse modo”, então, eu fui atrás de resolver isso por mim mesmo, até para que eu entendesse o caso e em partes, eu tirei algumas conclusões, mais rasas e bem longes de um contexto concreto. Além disso, eu sei que isso aqui ficará um pouco desconexo, porque não quero esmiuçar muito, mas naquele dia eu chorei muito, muito mesmo e eu prometi pra mim mesmo que eu nunca mais iria deixar alguém falar daquele modo comigo e principalmente me fazer sentir as coisas que senti, nunca mais mesmo.
Além disso, eu ter “ estourado aqui”, não foi por causa específica dessa pessoa, pelo contrário, eu já vinha aguentando muita coisa e ele só fez mesmo transbordar o que eu já vinha carregando. E eram pessoas que escolhiam o dia de falarem comigo, e era justamente quando “ quem eles queriam conversar não estava disponível “, era se aproveitar do meu coração, porque eu sempre ajudava, e me pediam pra fazer coisas, porque sabiam que eu não ia dizer não, como ajudar em coisas dos trabalhos deles que eles deviam fazer, mas eu respondia, eu dizia isso que era melhor ou não de fazer. E às vezes, parava as minhas coisas para dar atenção àquilo que era importante para eles, a ter que aguentar “ sutis desrespeitos”, porque ter amigos é lidar com pessoas diferentes. Concordo, em partes, mas onde estão as outras coisas erradas?, pessoas com atitudes tóxicas, estranhas e sem nenhuma responsabilidade afetiva, mas para eles “ é o meu jeito, se acostuma, eu sou mesmo assim”. E não, eu não vou me acostumar, isso machuca, e eu prefiro ir embora, sabe, mais uma vez eu me vi em ciclos antigos, que um dia eu orgulhosamente saí e eu voltei sem perceber.
Enfim, me arrependi mais uma vez por ter abrido o meu coração pra tudo isso, óbvio que não foram com todas as pessoas, graças a Deus, mas passei o pente fino em tudo, desde um “ pequeno sinal como me chamar de ‘ porra’, a mentiras sutis, a mudar o tratamento comigo na frente de outras pessoas, a não ter sensibilidade com o meu trabalho e principalmente com o que eu ofereço. Até porque está a 10 anos aqui na Internet sendo uma mulher íntegra, principalmente pelo que eu faço, não é pra muito, há uma disciplina espiritual, principalmente aqui. Onde também nunca me envolvi com ninguém daqui da Internet e de lugar nenhum, por opção própria, pois o amor pra mim é algo sério e não será uma curtida que irá fazer “ eu criar esse sentimento, desculpa, mas eu sou à moda antiga, eu amo e vivo o amor à moda antiga”. Mas naquele dia com mais um acontecimento daquele nível, eu explodi e me culpei de novo por tudo, lembrei que no início as coisinhas que eu via e que eu chamei de paranoias minhas, realmente me feriram amargamente. E mais uma vez, eu me vi em um lugar que dói, me constrange, me deixa em cacos, porque eu me culpo muito, muito mesmo, por viver tão intensamente, mas é da minha natureza, não consigo ser metade ou pouco, já tentei, mas não consigo.
Diante disso, ter iniciado esses relatos até leves, porque eu já ouvi muito mais, foi também mais uma resposta verbalmente para mim de um chega, chega, chega! Eu não preciso ter mais esse medo de solidão, de companhia, de ter por perto sempre pessoas que quero, até porque algumas não me queriam lá, outras mentiram querer, mas queriam ter apenas alguém ali, não queriam amizades, queriam apenas números, dados de confirmação. Logo, eu fiz alguns ajustes, internos e externos uns bons e necessários, porque eu não quero mais repetir esses ciclos, e eu suportei além, e eu acreditei que podia ser um dia ruim, eu acreditei que podia ser eu atrapalhando, talvez uma fala, um áudio, mas sei lá algo que eu tinha feito. Eu acreditei que podia ser o trabalho, a família, que podia ser as estações da vida, eu criei inúmeras situações para acreditar nelas e acreditei por um bom tempo, de verdade, mas uma hora transbordou e eu afundei nas mentiras que eu contava pra mim de vocês. E aí já não deu mais pra “ perdoar, pra revelar, pra não levar pro lado pessoal, pra dar uma segurada, pra ignorar que era o dia, que era o clima”, não deu, não deu mais pra mentir pra mim mesmo como antes. E ele que até era um “ novo amigo, trouxe a facada final”, e eu naquele momento, em um hospital vivendo um lado totalmente sombrio e doloroso eu me desprendi de todos esses ciclos, e pus um fim, por mim, principalmente, doeu, doeu muito, mas eu precisei fechar essas portas.
Postagens anteriores dessa minissérie:
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