- Ele me viu no meio da multidão!
- Logo Ele?!
- Sim, Ele mesmo!
- Ele me viu, no meio da multidão.
- E eu não escondi o meu coração em nenhum dos dos seus tons, pois assim que o vi eu fiz questão de ser eu, assim.
- Suja, impura, pequena, desmerecedora de tudo, disposta ao chão, com o coração aberto, com todas as suas mazelas à mostra, nas suas cores reais, tons realistas de natureza.
- E eu também sabia que naquela multidão havia muitos como eu, eu sei, eu vi, mas não fiz além, eu fiz o que eu tinha que fazer, apenas.
- Fiz, mostrei, fui apenas eu, eu ali, inteiramente.
- E mesmo assim Ele me viu na multidão, Ele me viu, Ele olhou nos meus olhos, inteiramente, me vi nos olhos dele, completamente, eu vi.
- Logo eu, por que eu?
- Mas mesmo em meio a tantas dúvidas e medos, eu apenas seguir a voz que o olhar dEle mostrava para mim, eu apenas seguir a voz que eu sabia que entre as notas tocadas, soadas, Ele sabia o meu nome de cabeça.
- Eu apenas segui, ali agora não havia mais multidão, apenas eu e Ele, apenas nós.
- Eu fui, eu estava indo, eu estava seguindo o som, o olhar de amor, a voz do Amós, eu estava indo encontrar face a face Ele, sim, Ele, o amor, sim, o meu verdadeiro amor….
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