Você chegou e eu que tinha tanta coisa para falar não conseguir dizer uma única letra, apenas corrir e te abracei, um abraço de socorro, um abraço que simplesmente falou tudo que estava “ engasgado na minha garganta”, tudo que eu não conseguir falar, meu corpo falou. E nós dois choramos, choramos muito, abraçados, e eu te olhava com olhos de me ajuda, por favor, mas ao mesmo tempo eu sentia você me mostrar que tudo era necessário, e chorávamos mais ainda. Por que comigo a vida tinha que ser " linha dura”, porque comigo a vida não tinha paciência, não tinha segunda chance, não tinha misericórdia, por que comigo eu precisava passar pelo processo se possível 30 ou mais vezes, por que comigo a vida “ sempre pegava no pé”?. Por que, porquê? E eu te abraçava chorando, chorando como quem não aguentava mais aquilo tudo, mas sabendo que você não iria me deixar passar por tudo isso se fosse algo bobo, fútil, não é sobre pecado, como tentam me dizer, é sobre um propósito, eu só ainda não sei tudo isso direito, mas eu confio em você, eu confio. E eu chorei, chorei muito abraçada a você, eu senti seu coração, e ele também estava machucado como o meu, eu não lembro, mas era aquela música, era a nossa música. Você cantou, rimos, choramos, choramos, era agora de alegria, e eu não lembro, mas eu comecei a falar, eu conseguir te perguntar o porquê de tudo aquilo. Mesmo que eu não me sentisse pronta, eu falei, eu olhei nos seus olhos, com os meus feridos, sangrando por dentro de desespero e fel, e ali chorei mais ainda quando eu vi a sua expressão pra mim. Seus olhos, seus olhos, quebraram os meus, o que eram as minhas questões a você, o que eram, meu deus!. E você me abraçou como eu, e eu senti as suas palavras no seu choro, no seu abraço, ali eu obtive respostas, eu entendi, eu vi o que eu não percebia. E choramos, choramos muito, mas eu sei, você tem razão, você sabe o que está fazendo, e eu sei, mas…
0 Comments:
Postar um comentário