Cartas ao Espírito Santo



Era domingo, o sol batia na porta, com uma intensidade tão forte que dava até uma vontade de ficar presa naquelas quatro e meia da tarde e sentir por muito mais tempo aquele calor suave que o sol trazia para mim. Mas entre ficar e não ficar, imaginei o que de bom podia fazer ao sair daquela cama, ao me levantar e abrir a janela, ao me levantar e olhar para o céu, assim pensei em tomar um café olhando pra o céu, devia estar um céu lindo lá fora, mas também pensei em te escrever. O café ficou pras seis e meia, te escrever me veio como uma ferroz empolgação e meus olhos brilharam quando coloquei na carta,



                          Papai, meu Pai.



Sempre deixo na cabeceira da cama papeis e lápis, porque és uma paixão sem tamanho escrever e principalmente quando esses rabiscos são para Ti então, meu coração pulsa mais forte ainda. Logo amarei meus longos e cacheados cabelos e sorrir, porque sabia que você estava aguardando o meu coração te escrever de novo, mas ultimamente foram tantas aflições que a minha fé ficou sufocada com tanto machucado dentro de mim, mas respirei fundo e continuei a te escrever, não queria dizer apenas o de sempre, queria te dizer coisas novas e se eu procurasse em mim, não acharia, quis inventar assuntos, te dizer que estava sendo forte, mas mentir não era algo que me deixava feliz, mesmo que às vezes fizesse.


                   Papai, meu Pai.

                   Como as estrelas têm sido os meus olhos,
                   Como as nuvens, lindas e inexplicáveis,                  têm sido os meus dias.



Meu coração por dentro chorou, meus olhos olharam aquilo e reagiram, suspirei triste, amassei o papel e me levantei da cama, porque Ele não queria uma carta " de verdade", e nem que levasse mentiras, mas Ele queria saber de certeza como eu estava e como Sua ajuda iria me fazer bem não apenas para me fazer entender aquelas novas situações, mas para todos os meus dias, porque Ele é bom e o tempo todo é bom. Abrir a janela, o sol se escondia nas nuvens, mas ainda dava pra sentir as suas temperaturas como fechas de luz vindo ao meu encontro e sem dúvidas contemplar aquele momento me fez muito bem. Depois voltei a pegar um papel da cabeceira da cama e o lápis, não me empolguei nas palavras e nem coloquei mentira, apenas falei o que estava no meu coração e que sentir que era o melhor que devia fazer, logo após coloquei na cama o papel escrito, sorrir e sair para um banho.



            Obrigada Deus, por todas as coisas.





Ao voltar tinha uma linda borboleta na minha janela e que voou para​ cima da carta que anteriormente tinha deixado na cama, eu abrir um sorriso enorme e ela ficou ali olhando para mim, e pude entender que Deus não queria que eu " lhe escrevesse", mas que eu o deixasse escrever para mim, que Ele agisse, que Ele mostrasse que Ele conhece o meu coração e que está agindo em mim, cuidando, curando e me mostrando melhores horizontes.  Por fim, nem sempre o amor se mostra em amor, mas seja como for o amor nunca deixa de ser quem é e de usar dos seus melhores conhecimentos.


Escritora : Kamilla Nogueira




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