Eu Disse Sim Para Ele


Eu gosto de brincar que eternamente eu tenho 15 anos rs, e não é que eu não goste da minha idade, de estar viva, de estar literalmente vivendo todas essas estações e de também estar evoluindo muito nesse processo. Não é sobre isso, pois essa brincadeira comigo mesmo é mais sobre a minha alma, porque como eu digo, ela ainda é jovem e sonhadora como uma criança que um dia fui. Onde ainda sigo lutando para não perder esses traços de mim, essas essências puras e bonitas. Dessa forma, viver nos trás muitos traços, nos trás muitas marcas, nos trás  literalmente muitas coisas que “ em nenhum manual da vida”, elas nunca existiram, porque são únicas como nós. São únicas como a nossa história, como o nosso coração, como a nossa experiência de viver e sobreviver a tudo que nos acontece. E é aqui que dentre tantas outras passagens, ciclos, uniões e sintonias, nos abraçamos e nos entrelaçamos a vários pontos, esperados, outros convidados e alguns muitos inesperados, desse ciclo da vida. Onde o amadurecer é para mim um dos mais desafiantes, porque ele pede respostas, reações, ações, novos passos, novas mudanças, novas sensações dentro e fora de mim. Ele me pede, ele se mexe, ele se quebra em mim e se encontra com outros milésimos de partes que em mim estão inteiras ou quebradas. Ele se movimenta rapidamente dentro de mim com coisas que escondo e fujo pra não tocar nem no nome. E sim, ele é perigoso, é perigoso, porque ele me ensina sorrindo outras chorando que é preciso avançar mesmo que não haja um ar, um ar de coragem, porque ele grita em mim que nós não podemos ficar ali, imóveis e em cacos. Porque ele é instantâneo quando quer ser amargo, ele é lento quando quer ser doce, ele é frio quando está todo machucado, ele é seco e oco, quando está sem chão. Mas ele também é força, e eu disse sim para ele, disse sim para não fugir mais de enfrentá-lo, de não correr mais do que eu preciso escutar, de não correr mais do que também precisa de me escutar, me encontrar, me olhar nos fundo dos olhos e me ajudar, principalmente. Me ajudar a continuar, porém não assim carregando tudo isso nos braços, mas transformando todo esse  processo, todas essas histórias em algo que apenas ele sabe, que apenas ele dentro da minha história sabe a cor, o traço, qual a melhor forma de redesenhar todas essas fases. Porque por mais que ele seja estranho, confesso, ele é necessário, e conversar com ele não foi fácil, mas se eu te contar que no final de toda essa história ele sorriu um riso bem alto e não foi de deboche. Mas de alegria, porque ele disse que o  meu coração é tão ferido, tão machucado. E ao mesmo tempo ele espanta por tanta força, por tanta vontade de  viver e  ser amado, de ser feliz, de conhecer a felicidade e de compartilhar isso tudo ao universo. Que é impossível conhecer uma alma assim, onde os olhos sorriem esperança intensamente e o coração pulsa de amor, inteiramente mesmo todo ferido e sangrando. E não enxerga uma vontade enorme de aceitar esse desafio de segurar as minhas mãos e de viver comigo o que acontece quando eu enfrento os meus monstros e que é aqui o tão importante papel dele, o nosso junto. De sobreviver, viver e entender o pós o meio e o agora desse mundo, dentro do meu, e sim, a minha vida é literalmente uma história. E ele sorriu porque sabia que precisávamos nos encontrar, e mesmo que ele traga  cicatrizes em mim, eu sei que no final tudo será  um riso bem alto, uma história e mais uma parte de mim.



Amadurecer, página 01.










Com  carinho,



Escritora: Kamilla Nogueira




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