Bem amigos, terminou.



365 dias de 365 dias, mais um ciclo concluído, mais um ciclo que me ensinou sobre tantas coisas que eu provavelmente não o guardarei “ na gaveta” como fiz com alguns. Mais um ciclo que eu sussurrei baixinho “ passou tão rápido”, mas na verdade não foi, a questão é que eu ainda estou aprendendo sobre a vida e a cada estação que passa e principalmente as que me marcam, eu acabo interpretando tudo aqui dentro de mim de várias formas. Além disso, algumas eu até não queria, mas sei que a vida não é um traço que apenas crio, mas traços que se unem aos meus, é um jogo ainda um pouco misterioso e ao mesmo tempo tão saboroso de se viver. 



A vida, a vida esse ano me surpreendeu, me derrubou, me humilhou, me jogou numa montanha russa e  desligou o freio, e tombei feio, muitas vezes, levantei e cai de novo, tentei recomeços, tentei novos passos, tentei sair de grades que ainda me sufocavam, e ao mesmo tempo que eu corria de tudo que eu queria correr, parecia que sempre havia uma porta pra me levar pra lá de volta. E o pior é que eu precisei, como “ aprender senão vivendo “, o ruim é que dói esses processos, mas o bom que eles nos fortalecem, aprendemos caindo, muitas vezes e muitas vezes  também voltando aos mesmos erros, paradoxal, mas necessário.



 A  Kamilla de Janeiro e essa que encerra esse ciclo não se conhecem mais, graças a Deus, fechei portas, fechei ciclos, fiz tudo que pude por mim e pelos outros, chorei, sorri, amei, vivi, saboreei a vida do cinza ao azul piscina. A ela gratidão, a esse ciclo também, porque se não formos sinceros com o nosso próprio processo a quem seremos?. 2023, obrigada por tudo, você está marcado em mim, foram poucos que guardei assim, mas você merece, porque há uma Kamilla até aqui e há outra que precisou nascer do seu fim, obrigada. Com você eu entendi que a vida não é “ sobre os anos, sobre as datas, sobre os outros e aquilo tudo que vivemos nesses meses”, foi forte, mas obrigada, na pele eu senti o gosto da vida e eu ainda quero viver mais um pouco pra conhecer outros marcos que podem estar em outros pontos dessa jornada a espera dos meus passos. 



Ah, 2023, que montanha russa mais aleatória foi essa hein, mas eu assumo, usei tudo, de flores aos espinhos, eu me permitir, eu me arrisquei, eu sobrevivi. Ainda tenho medo, inseguranças e minhas inúmeras fraquezas, mas a coragem me ensinou umas coisas e essas eu jamais vou esquecer, o amor também me ensinou outras, a dor principalmente, a esperança, essa eu nem menciono os seus detalhes, foram longos encontros e em todos ela segurou a  minha mão e não me deixou desistir nem quando tudo desabou.  Por sinal, tomamos chá juntas, no dia que tudo aconteceu, tudo que estava certo, fixo, tudo que era meu foi levado embora, eu chorei sim, doeu, eram sete anos ali, e eu disse, vamos construir tudo de novo? Ela riu, eu ri também com os olhos cheios de lágrimas, porque eu sabia que esse novo não era sobre o que eu imaginava e recomeçar dói, mas o que é o viver sem esse sobreviver cheio de processos?.



Viver é um remendar-se diário, dói, mas faz parte do sentido dela, o viver. Mais uma vez, muito obrigada 2023, com você aprendi muito e sobre um pouco de tudo, tudo que eu precisava aprender, obrigada por me incentivar a correr atrás dos meus sonhos loucos, a não ter vergonha de quem sou, a ser eu mesma, assim bem doida o tempo todo, obrigada pelas quedas de  80 a 8, tão rápidas, mas tão necessárias. Conheci tantas histórias esse ano, algumas me feriram, outras quase me mataram de rir, algumas eu os ferir, outras vieram de repente me culpando de coisas que eu nem sei de onde surgiram.



 Ah, 2023, tem coisas que só nós dois vamos lembrar pra sempre, ah, se vamos! Eu disse lá em janeiro, sentido e significado, mas entrei em tantas portas sem isso, na curiosidade de descobrir histórias, e foi bom sair do comum, eu fui longe, eu bati o pé pra tanta coisa e segurei o nó, doeu, mas foi boa a experiência de acreditar em mim, de topar viver os meus sonhos uma vez na vida, e topar conhecer o que eu ainda não sei, de topar viver de verdade, sem tanta caixinha quadrada. Eu topei e gostei, gostei de olhar no espelho e ver a pessoa mais incrível do mundo, feliz de verdade, de me ver completa de verdade, mesmo com o coração em pedaços, porque eu aprendi a sobreviver vivendo. 



Ah, 2023, gratidão.




….



Em memória de A.M e todos os meus fantasmas, vocês precisam ficar aqui para que eu possa prosseguir, obrigada. 






Feliz Ano Novo, pessoal! Muita paz, saúde, amor e alegria para todos nós! Um excelente 2024 a todos, um forte abraço e muito obrigada por tudo, amo vocês.







..

Com carinho,


Escritora: Kamilla Nogueira



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