Eu fiz duas postagens recentemente sobre esse nicho do pecado que são bem interessantes, por sinal, vou deixar os links abaixo para que depois vocês possam ler. Entretanto, essa pauta que vou mencionar é também muito necessária de ser compreendida e colocada em prática na nossa jornada que é sobre - a ação de perdoar -. E já iniciando, é notório que nós como cristãos, e aqui refiro-me a si próprio, temos como uma das nossas bases de evangelho perdoar uns aos outros. Ação essa que é carregada de essência, algo que não diz sobre o “ certo ou errado” do caso, mas de nós agirmos certo, certo esse em perdoar.
Além disso, eu sei que essa prática não é tão simples assim, porque é uma das minhas lutas diárias, a constância em fazer o certo. Mas nesse processo, seja o espiritual ou o físico, as nossas ações dizem muito sobre nós, então, perdoar ou não, o outro é um ato carregado de outros sentimentos. Sejam eles imaturidade, orgulho, falta de reconhecimento da ação e os seus outros porquês. Pois sim carregamos várias “ bagagens de porém “, empecilhos esses que também nos afastam de uma boa conduta como cristãos. E não, eu não estou aqui para te julgar, mas para te mostrar que carregar esse peso de não perdoar, de não fazer o certo, de não agir como deveria ser, é terrível e nos fere e muito.
Até porque já passei muito por isso e sei na pele que esse peso pode ser liberado e principalmente pode nos ajudar ainda mais no nosso relacionamento com Jesus. Porque reconhecer as nossas mazelas são necessárias e para isso precisamos ser justos e honestos consigo e com Jesus, principalmente. Assim como se estamos buscando sermos a imagem de Jesus essa conduta de não fazer o certo é errada e devemos tratar de cuidá-la. Então, clássicos versículos como 70×7 e outros do livro de Mateus da Bíblia nos mostram não sobre sermos “ bonzinho”, mas sobre entendermos o peso da graça, da misericórdia, o peso da dívida que temos com Jesus.
Dívida essa carregada de amor, um amor sem fim, grande, muito grande, que é capaz de suportar as nossas falhas, por amor, puro e simples amor. Mas uma dívida que não gera cobranças, entretanto, ela te faz entender o peso dessa graça e por essa graça você entende que essa jornada precisa sim de cobranças e sanções. E que o peso do perdão carregado e comprado por Jesus é de um amor tão surreal e tão inexplicável por nós que as nossas barreiras de “ perdoou ou não”, são invisíveis em meio a um rio infinito de compressão disso tudo.
Dessa forma, perdoar é o certo a se fazer, seja você cristão ou não, e se você é cristão, perdoar é uma ordem do evangelho, mas que você apenas entende vivendo verdadeiramente o evangelho por completo. Sendo assim, perdoe, se desprenda de culpas e outros sentimentos, reconheça os fatos, reconheça suas feridas, cuide de tratar os possíveis “ danos”, mas não se prenda ao orgulho e demais “ primos”, que dizem que perdoar é fraqueza, é ser “ bobo, bonzinho demais e outros vínculos”. Porque não é, o perdão é um ato de amor e a maior dívida da nossa vida já foi paga e por amor e esse amor, Jesus, é que pode nos ensinar a viver e conviver com a prática de perdoar.
Onde não é uma jornada fácil, mas extremamente necessária, logo, perdoe, libere esse peso, coloque nas mãos de Jesus essa justiça, seja a imagem e semelhança dEle, seja amor com os outros. Porque não importa a “ reputação, o que eles dizem, o que eles pensam, o que eles contam para os outros sobre você, nada disso importa.” Mas importa como você usa isso, como pensa nisso, como você deixa isso atrapalhar a sua ação em fazer o certo. Até porque é o seu coração e ele não merece e nem precisa carregar esses fardos, e eu sei que dói, machuca, que mexe muito com os nossos sentimentos, dias, emoções e com a nossa vida. Mas vamos pensar um pouco assim…
Não perdoar muda a situação?
Não perdoar tirar de mim esses pensamentos do ocorrido?
Não perdoar muda o que eu penso disso?
Não perdoar é sobre mim ou sobre o outro?
não perdoar é medo ou orgulho?
Não perdoar é raiva ou vingança?
Não perdoar é força ou fraqueza?
Mas o que é o meu não perdoar?
Por fim, use esses insight e crie também outros e se pergunte sobre essa questão e perceba ao certo quais os seus empecilhos em não fazer o que é certo. Porque é certo, você deve perdoar, há uma confiança, há uma sabedoria, há uma entrega, há uma ação, há tantas coisas nesse seu simples ato, que somadas são sim portas para o seu eu, para a sua história, são portas para a construção e desconstrução de você, hoje, amanhã e no por vir. Então, humildemente perdoe e saiba que o processo de viver esse pós é cheio de ensinamentos, cheio de desafios, mais cheios de histórias que precisamos ter. E com Jesus, com a essência que Ele tem sobre isso nós conseguimos conviver com até as feridas mais profundas desses acontecimentos de uma forma saudável, não de tortura.
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